Para o amor que chegou, mas não sabe que criou raiz
O amor é coisa de doido, né? Como é possível eu te amar sendo que nunca senti seus lábios nos meus; se nunca andamos de metrô lado a lado ou assistimos a um filme no cinema? Como posso te amar se não sei a cor da sua toalha de banho, se prefere meias lisas ou listradas? Mas, sabe, eu te amo, sabendo que você gosta de música calma, mas também ama um pagode das antigas; sei que sua cor favorita é vermelho, mesmo sem você nunca ter me falado isso, sei que ama abacaxi e uma boa vodka, que ama um jantar e um vinho; sei que ama Milton Nascimento e também Foo Fighters; que gosta de ver vídeos de animais fofinhos para se distrair e que tem uma mania estranha de ter uma fé, sabe? Fé dessas de verdade, dessas que você sente só de a pessoa falar com você, que me ensinou a ter um pouco nesses anos. Eu te amo porque quando te olho tem um samba tocando dentro de mim, desses que meu coração entra na avenida, mas a mestre sala é você; te amo porque toda vez que imagino um futuro, não o imagi...