"A noite é dos poetas, das putas e dos que morrem por amor"

Existe uma frase que diz “a noite é dos poetas, das putas e dos que morrem por amor”. Sempre me peguei pensando se esses três podem existir um sem o outro num mesmo ser e cheguei a conclusão de que não, os três coexistem na mesma pessoa. A noite é algo que pertence a nós, os loucos de amor, os que sofrem pela ausência dele, pela falta de reciprocidade ou somente por sentir demais. Somos doidos, doidos por sermos um poço de sentimentos num deserto de indiferença. Quem é um amante, por si só já vira poeta. Ou existe uma poesia maior do que sentir essas milhões de sensações que nos agitam, nos fazem transbordar e morrer um pouco por dia e mesmo assim ter um porquê para se manter vivo no fim? Não há. E, se somos poetas, loucos de amor, somos também putas, meretrizes baratas que se contentam em receber um amor vazio, de quem é desguarnecido de profundidade e reciprocidade, um amor que jamais vai pagar os serviços do nosso coração.

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